O leite de vaca é inadequado para os humanos, pois foi feito para um animal de estrutura bem maior. Por isso é "bombado", com muita proteína, principalmente a caseína, que desencadeia alergias na pele, aparelho digestivo e aparelho respiratório. Seu consumo na infância carimba o passaporte das crianças para várias doenças crônicas, como asma, rinite, amigdalite, bronquite, otite, sinusite e dermatite, tornando-as usuárias precoces de antibióticos, nebulizações e corticoides. Não deixe a indústria dos laticínios e a farmacêutica lucrarem às custas da saúde do seu filho, pois o único leite de que ele precisa é o da mãe dele, na fase de lactente. Tomar leite da mãe dos outros não é natural, é cultural, e só a nossa espécie faz isso. (Cristina Pirajá)
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O leite é um alimento secretado pela mãe para nutrir o seu bebê, de acordo com as necessidades daquele organismo. O homem é o único animal que toma leite de outra espécie, e fora da fase de lactente. Mas o leite de vaca é inadequado para nós, haja vista ter sido feito para o bezerro, que nasce com 25 kg e com 1 ano atinge 200 kg, enquanto o bebê humano nasce com 3-4 kg e leva 1 ano para triplicar o peso.
Tem muito sódio, que gera retenção de líquidos. Muito fósforo, que compete com o cálcio e o desloca. Muita proteína, que acidifica o pH e sobrecarrega os rins, sendo que 80% dessa proteína é a caseína, enquanto no leite materno é só 20%. A caseína desencadeia alergia, o que faz o corpo produzir anticorpos para se defender, aumentando também a quantidade de muco, meio de cultura para micro-organismos, criando inflamação e infecções de repetição. Seu consumo na infância carimba o passaporte das crianças para enfermidades como asma, rinite, dermatite, amigdalite, bronquite, otite, sinusite. É um dos maiores responsáveis por todas as doenças crônicas.
Tem 3 vezes mais cálcio do que o leite materno, contudo tem pouco magnésio, e para o cálcio ser absorvido e fixado ao osso são necessários o magnésio e a vitamina D. Por isso só uma pequena parte do cálcio é absorvida, sendo o restante depositado na parede das artérias, originando obstruções e infarto do miocárdio. Não precisamos do cálcio do leite pois podemos obtê-lo dos vegetais verde-escuros, tofu, linhaça, chia, aveia, gergelim, leguminosas, amêndoas e nozes. Segundo Harvard, o leite não é a única fonte de cálcio, nem a melhor.
Como as proteínas do leite acidificam o pH, o organismo precisa equilibrá-lo e faz isso descalcificando o esqueleto. Então além do leite de vaca fornecer pouco cálcio biodisponível, ainda rouba cálcio dos ossos. Isso explica porque os países que mais consomem laticínios têm as maiores taxas de osteoporose, enquanto os países que menos consomem têm os menores índices.
A lactose, açúcar do leite, é quebrada pela enzima lactase, formando glicose e galactose, que vão para a corrente sanguínea. O bebê fabrica a enzima para receber o leite materno, deixando de fazê-lo com o passar dos anos. Aí a lactose chega intacta ao intestino grosso, sendo fermentada por bactérias e causando diarreia, cólica, distensão abdominal e flatulência. Isso configura a intolerância à lactose, que provoca tanto mal-estar, no entanto é tão simples de ser evitada.
O leite tem 59 hormônios, alérgenos, gordura saturada, herbicidas, pesticidas, antibióticos, sangue, pus, fezes e bactérias. Uma das suas proteínas é o IGF 1, Fator de Crescimento Similar à Insulina, que tem a finalidade de fazer o bezerro crescer, todavia no ser humano faz proliferar o câncer. Por isso o leite é considerado combustível para tumores, e o IGF 1 tem papel importante no desenvolvimento do câncer de mama, próstata e cólon. Harvard restringiu os laticínios na sua mais recente pirâmide alimentar pela sua associação com o câncer de ovário e próstata.
Porém o principal motivo para abolir os laticínios é a crueldade da sua indústria, que comete vários crimes. A vaca é estuprada e inseminada sucessivamente para engravidar e produzir leite, tendo os filhos roubados assim que nascem, com muito sofrimento para ambos. Os machos, por serem improdutivos, serão mortos aos 3 meses pela indústria da vitela; as fêmeas serão exploradas como a mãe. E quando suas mamas secam, sua recompensa é ir para o matadouro, desgastada física e psicologicamente. Portanto, se quisermos leite, fiquemos com os vegetais, deixando o de vaca para o seu verdadeiro dono. Pois o único leite de que um mamífero precisa é o de sua mãe, na fase de lactente. (Cristina Pirajá)
