domingo, 29 de novembro de 2020

 🍃 Sossego ~ Um conto sobressaído do sussurro


🍃                                                                                      Um lugar chamado Encantado. De Sossego,

para Encantado, um pulinho só. Os dois em 

um, fazem-se sonoros, como se o silêncio sussurrasse bem pertinho dos ouvidos.

Toda a mata tem ouvidos. O que ecoa lá não é deste mundo não. Observem as vozinhas. Dá para imaginar que elas têm feições? "Curucará, curucará"... de repente, no meio dos galhos ou no fundo do céu.

Onde estão as folhas, secas ou tenras, verdes ou cansadas do verde, travestidas em cores desbotadas? Passando pelos sentidos, habitando árvores, colecionando símios sábios. Folhas como que repousadas na terra, assim mesmo a pertence... tornam-se o cio do chão... em meio a frutas tombadas remontam a alimento e dão nome ao outono.

Uma mansarda encabrunhada para os passos de quem a avista ocre.

Um mosteiro esta falta de voz em lugar nenhum.

Quem será que lá habita? Haverá gentes além dela?

O passo-a-passo perpetua-se, os sentidos aguçam-se.

Talvez aquele lugar esteja perto do céu, não exista. Assim tão tranquilo, mas que poderia contar uma história turbulante, percebe-se. Sustentado por algo do além-presente, atemporal.

Vozes que ficam nas pedras e na terra. Frutos que nascem e sangram memória.

Se há vida de humano, onde?

O próximo morro ou mesmo arbusto, confidenciará alguma verdade a porvir? Cloacas de rãs, saúdam a saúde das águas também.

Sombras de gentes, nem um pouco.

Procura-se ouvir um respirar, quem sabe, alguém que olhe ou fale. Silêncio e nem ares de presença humana. Assim. Mas curioso.

Deitar ao solo fresco, o repouso aguarda, de cima o céu alarga, dos cantos, vêm grilililos. Voadorim dos insetos coloridos, asinhas que perpassam os suspensos desejos.

Viviane Anetti

 ~ Escrito no campo, em um só tempo de pena,

(crédito foto: Viviane Anetti, em Provence, Sul da França)

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

terra sagrada

 SEMPRE PEÇA PERMISSÃO

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Antes de cortar um galho de árvore ou tirar uma flor, deixe o espírito da árvore ou planta saber o que você vai fazer, para que ele possa retirar sua energia daquele local e não sentir o corte tão forte.
Quando você for para a natureza e quiser pegar numa pedra que estava no rio, pergunte ao guardião do rio se ele permite que você pegue uma de suas pedras sagradas.
Se você tiver que escalar uma montanha ou fazer uma peregrinação pela selva, peça permissão aos espíritos e guardiões do lugar. É muito importante que você se comunique, mesmo que não sinta, ouça ou veja.
Entre em cada lugar com respeito, pois toda a Natureza te escuta, te vê e te sente. Cada movimento que você faz no microcosmo gera um grande impacto no macrocosmo.
Ao se aproximar da vegetação, seja grato pelo remédio que ela tem para você.
Honre a vida nas suas várias formas e tenha a consciência de que cada ser está cumprindo o seu propósito. Nada foi criado para preencher os espaços, estamos todos aqui lembrando nossa missão, lembrando quem somos e acordando do sonho sagrado de voltar para Casa!
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{Fonte: Planta & Canta -
https://www.facebook.com/plantaycanta
}
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{Imagem de ©️ Geenss Archenti}