sexta-feira, 19 de julho de 2019

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Alcott: “Se nenhum alimento de origem animal fosse consumido, um quarto da terra usada seria suficiente para o sustento humano”

A citação acima faz parte de uma carta escrita pelo filósofo e pedagogo Amos Bronson Alcott em 1843
“Calcula-se que, se nenhum alimento de origem animal fosse consumido, um quarto da terra agora usada seria suficiente para o sustento humano. E os vastos caminhos agora apropriados pelas pastagens, cortes e outros modos de provisão para animais poderiam ser aproveitados de forma mais inteligente e afetuosa.”
O trecho acima faz parte de uma carta escrita pelo filósofo e pedagogo Amos Bronson Alcott em 1843, publicada na obra “The Letters of A. Bronson Alcott, de Richard L. Hernstadt, lançada pela Editora da Universidade Estadual de Iowa em 1969. Bronson Alcott foi um homem bastante influente em seu tempo, tanto que entre seus amigos e admiradores estavam personalidades como Herman Melville, Walt Whitman, Nathaniel Hawthorne, Henry David Thoreau, Ralph Waldo Emerson e Margaret Fuller,
Pai da escritora Louisa May Alcott, ele se tornou vegetariano estrito em 1835 e possivelmente por influência do filósofo grego Pitágoras. Além de defender o fim da escravidão humana, também defendia o abolicionismo animal quando ainda não existia formalmente a teoria dos direitos animais. Supostamente, o filósofo acreditava que não era justo lutar por uma causa e ignorar a outra.
Bronson Alcott também defendeu os direitos das mulheres, e acredita-se, segundo John Davis, que ele se tornou “vegano” aos 42 anos em 1842: “Ele expandiu seus pontos de vista antiescravidão, incluindo animais não humanos.” Após uma viagem internacional, ele regressou aos Estados Unidos e decidiu criar uma comunidade livre da exploração animal.
Em maio de 1843, Amos Bronson Alcott fundou em Harvard, Massachusetts, a Fruitlands, uma comunidade “vegana” que se situava em uma área de 90 acres, o equivalente a 360 mil metros quadrados. A propriedade foi comprada em parceria com o reformador educacional inglês Charles Lane. A comunidade não durou muitos anos, mas a sua história foi preservada e o espaço ainda é aberto aos visitantes.
Referências
Herrnstadt, Richard L., ed.  The Letters of A. Bronson Alcott.  Ames: Iowa State University Press, 1969.